Financiado pela União Europeia, o projeto é coordenado pela Universidade do Sul da Dinamarca em conjunto com oito universidades europeias e pretende desenvolver alterações institucionais, com vista a aumentar a participação das mulheres na Investigação e Inovação, e também a melhorar as suas perspetivas de carreira.
Os principais objetivos do estudo são a realização de avaliações de impacto/auditorias de procedimentos e práticas para identificar desigualdades de género, identificação e implementação de estratégias inovadoras para corrigir qualquer tipo de descriminação e ainda o estabelecimento de metas e a monitorização do progresso através de indicadores.
A disparidade de acesso a cargos de chefia está identificada como um problema pela EU, que lançou este programa de promoção da igualdade de género na Academia e Investigação, ao qual atribuiu três milhões de euros para os próximos quatro anos.
A Professora Elvira Fortunato, vice-reitora da NOVA e docente e investigadora da FCT NOVA, lidera a equipa portuguesa que está, em conjunto com a Universidade alemã de Aachen, que já analisa estes indicadores há mais tempo, a estudar e a trabalhar com o objetivo de promover o equilíbrio de géneros nos órgãos de decisão das organizações universitárias.
Dados como número de mulheres em cargos de chefia, mulheres catedráticas, mulheres à frente de projetos de investigação ganhos vão ser recolhidos e trabalhados durante os próximos meses para que se possa verificar a relação entre homens e mulheres em cargos de administração, na docência e na investigação. Com este estudo e a participação neste projeto, a NOVA assume um papel pioneiro em Portugal, podendo vir a servir de exemplo para outras instituições de ensino e investigação no país.
À semelhança do que existe em muitas universidades no estrangeiro, pretende-se criar um Gabinete de Igualdade de Oportunidades que possa chamar a atenção para os problemas e implementar planos de promoção da igualdade de género na instituição.
Entrevista no Diário de Notícias,
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