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Na sua mensagem de boas-vindas, Isabel Canha, diretora e co-fundadora da Executiva, lembrou os estudos que demonstram que “a falta de role models femininos é um dos fatores que continua a impedir mais mulheres de chegarem a cargos de liderança nas empresas e noutras organizações. Este prémio é o único em Portugal que distingue a influência das mulheres nas várias áreas da sociedade.”
Criado pela Executiva, em 2015, um dos objetivos da distinção é também o de “inspirar outras mulheres a seguirem carreiras de sucesso nas suas diferentes áreas de atividade”, observou Isabel Canha. “Com estes prémios pretendemos encorajá-las a atingirem todo o seu potencial e incentivá-las a ter poder, influência, seja política, seja económica, cultural, científica, ou desportiva. A não recearem ou não menosprezarem o poder e a influência. Não se trata de desejar o poder pelo poder, mas sim de valorizar a capacidade que o poder nos dá de podermos ajudar a transformar as empresas e a sociedade em lugares melhores.”
Na sua intervenção, a Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade felicitou as fundadoras da Executiva pela “persistência e criação” deste projeto, bem como as mulheres ali destacadas pelo seu contributo na ciência, artes, política, justiça, nos media ou no mundo empresarial, “mulheres que questionam e nos fazem questionar.”
“A promoção da diversidade é também uma questão de responsabilidade e partilha, que contagia a restante sociedade e mulheres. Hoje é um dia em que celebramos muitas conquistas, mas em que desvendamos ainda bloqueios e desafios.” Rosa Monteiro, Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade.
Rosa Monteiro lembrou que o “compromisso de chegar mais rapidamente ao desejado equilíbrio de género tem de ser permanente renovado e revisitado. Celebramos aqui também a partilha da tomada de decisão a vários níveis, que encerra em si um forte potencial único de transformações, não só para as mulheres que conquistam a tomada de decisão, mas pela transformação que promovem nas organizações e instituições onde atuam. A promoção da diversidade é também uma questão de responsabilidade e partilha, que contagia a restante sociedade e mulheres. Hoje é um dia em que celebramos muitas conquistas, mas em que desvendamos ainda bloqueios e desafios – e, logo na base, o estereótipo que nos limita, nos coíbe e nos impõe uma sociedade que muda demasiadamente devagar.”
A Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade salientou ainda as estratégias do Governo para a igualdade entre géneros e não descriminação, com um pacote de medidas aprovado pelo Governo a 8 de março que definiu um conjunto de objetivos a médio e longo prazo, incidindo nomeadamente no mercado de trabalho, em matérias prioritárias como a discriminação salarial, a segregação sexual das profissões, as dificuldades na conjugação entre a vida profissional e familiar, ou as questões da parentalidade. “Só assim conseguiremos alterar os dados referidos neste estudo por Filipe Fernandes, e que nos apontam que apenas 12% de mulheres estão nas administrações das empresas cotadas e 28% nas empresas públicas.”
A cerimónia contou com a presença das premiadas Ana Garcia Martins, Guta Moura Guedes, Elvira Fortunato, Isabel Vaz, Alexandra Lencastre, Assunção Cristas, Júlia Pinheiro, Judite de Sousa e Cristina Ferreira, que receberam os respetivos prémios, partilhando ainda palavras de agradecimento em que lembraram as suas próprias experiências. Daniela Ruah fez-se representar pela mãe, Catarina Korn Broder; Catarina Alfaro aceitou o prémio em nome da pintora Paula Rego, e Sara Carinhas representou a mãe, Olga Roriz, lendo uma mensagem da coreógrafa. Inês Mendes da Silvia, Emília Romano e Maria Helena André receberam ainda os prémios em representação, respetivamente, da atriz Rita Pereira, da modelo Sara Sampaio e de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar contra a Fome.
Leia mais sobre a 3.ª edição do prémio As Mulheres Mais Influentes de Portugal na revista online que dedicámos a este tema.
Paulo Alexandrino
Cristina Correia
12 de Abril de 2018